Eu não costumo enganar os meus leitores. Tenho o compromisso da ética e respeito o juramento sagrado que fiz ao receber meu diploma de jornalista, conquistado após...hãn,hãn, seriíssimos anos de dedicação intensa.
Quando eu afirmei que a segunda semana do US Open seria ducaralho, eu não estava brincando. Confesso, porém, que ela começou superando até as minhas elevadas expectativas. A começar pela brilhante vitória de Tsonga sobre Mardy Fish, em cinco sets. Que jogo, senhoras e senhores. Tsonga é um grande tenista, mas eu estava apostando no Fish até para, talvez, derrubar Federer e atingir a semifinal.
Não teve jeito. Tsonga foi mais forte e não ligou para a pressão do Arthur Ashe lotado, torcendo loucamente pelo tenista da casa. No quinto e decisivo set, o tenista francês, esse tanque em forma de gente, sobrou, e fritou o Fish, se me permitem a piadinha ridícula, com duas quebras. O Federer deve estar bem preocupado, pensando na virada incrível que levou de Tsonga em Wimbledon e da derrota para o mesmo tenista em Montreal. Esse duelo entre a lenda viva Federer e o gladiador Tsonga eu não perco nem que o mar vire sertão.
Tie-break histórico
Não bastasse esse jogo antológico, Djokovic e Dolgopolov fizeram um primeiro set para entrar para a história do tênis mundial. Que tie-break foi aquele? É uma pena que o tenista ucraniano parece ter gastado toda a sua energia no primeiro set e, ao perdê-lo, acabou baixando a guarda. Esse Dolgopolov incomodou demais o Nole com aqueles slices incríveis, fatiando a bolinha qual um sushiman, e aqueles saques sem peso que pareciam fazer a bola murchar na raquete do sérvio. Demais. Não posso deixar de dizer, também, que Dolgopolov é a cara da Maria Quitéria, uma faxineira que cuidava da limpeza no andar onde eu trabalho. E aquele treinador dele, bicho? De que Halloween saiu aquela figura?
Guerreira
Eu sei, vão dizer as más línguas que a Kuznetsova conseguiu perder um jogo ganho. É verdade que a russa, após ganhar o tie-break do primeiro set, que chegou a ficar 5-2 para Wozniacki, e iniciar o segundo com uma quebra sobre a adversária, passou a abusar dos erros, o que fez com que a tenista número 1 do mundo renascesse das cinzas. Mas não tem como negar que a Wozniacki, que ainda não me convenceu (concordo com a Serena que o sistema de pontuação, às vezes, comete injustiças) foi uma leoa. Ela não baixou a cabeça por um segundo sequer e, se eu concordo com o Paulo Cleto que ela depende demais dos erros das adversárias, não tendo muita capacidade de variação tática, a moça é de uma disciplina quase que tibetana. Certo, talvez ela não mereça estar no topo do ranking mundial, mas é uma excelente atleta. Agora, contra a Serena, meu amigo, a coisa é outra. Como diria meu grande amigo Guilherme, o mato que a Serena lenha é mais embaixo. Não vejo ninguém no horizonte capaz de tirar esse título da tenista americana. Talvez se o Nole, que gosta de imitar todo mundo, resolver colocar um saiote e entrar em quadra. Talvez, eu disse.
Show must go on
É isso aí, em homenagem ao grande Freddie Mercury, põe Queen na caixa, DJ. Hoje tem mais tênis de primeira e, até domingo, será assim. Veja que maravilha e, ai que sorte dos desocupados.
Na chave masculina, temos os quatro últimos jogos das oitavas. Eu não devia dar mais palpites, mas como eu sou metido a besta, colocarei entre parêntesis o nome do tensita que eu acho que vai vencer. No feminino, farei o mesmo, apesar de acompanhar bem menos o tênis das moças, por razões já anteriormente mencionadas.
Temos, então, no masculino:
Arthur Ashe Stadium, jogos da tarde:
- Donald Young vs. Andy Murray (Murray na cabeça, Murray na final, como eu já disse);
- Gilles Muller vs. Rafael Nadal (mesmo com cãibras em todos os músculos do corpo, Nadal vence);
Jogo noturno:
- David Ferrer vs. Andy Roddick (vou arriscar no Roddick);
E, no Louis Armstrong Stadium, farão as raquetes cantarem:
- John Isner vs. Gilles Simon (pra mim dá o gigante Isner e seus saques-canhão).
No feminino, teremos os dois primeiros jogos das quartas, no Louis Armstrong Stadium, logo após a partida supracitada (tremenda bichona, não?):
- Angelique Kerber vs. Flavia Penetta (apostarei na italiana, que derrubou a Sharapova);
- Samantha Stosur vs. Vera Zvonareva (ai, que dúvida. mas eu vou apostar na Zvonareva, talvez a única que possa tirar esse título da Serena).
Ai que vontade de fugir do trabalho para ver esse monte de jogo, sô. Vou ter que me contentar com o jogo do Roddick à noite. Capricha, canhoneiro.
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