segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Não faz assim, Federer!

Fiquei sabendo pelos jornais. Federer teve dois match points, sacando em 40-15, e deixou escapar a vitória no quinto set.

Ainda bem que eu não pude ver isso. Porque, apesar de gostar do Nole e continuar achando que ele é o cara do momento, eu gosto demais do estilo do Federer. Ora, todos que gostam de tênis admiram o Federer. Ou não? Claro que sim, mas muitos idiotas por aí entraram numas de comparar o estilo do Federer com o estilo do Nadal para, a partir daí, criar duas facções: Federistas e Nadalistas, o que é uma bobagem do tamanho do mundo.

Ter uma preferência pelo estilo de um tenista ou de outro é claro que é normal, mas eu vi muita gente ridícula, fã do Federer, dizendo que o Nadal é um tremendo “mão-de-pau”, se assim podemos dizer; ou fãs do Nadal dizendo: um-dois-três, o Federer é freguês. Um bando de recalcados, obviamente. A maioria que diz isso é incapaz de acertar uma bolinha do outro lado da quadra.

Sou um desses e digo isso sem nenhum constrangimento. Não sei jogar tênis e ponto. E foda-se se alguém não respeitar minhas opiniões porque eu não sei nem segurar uma raquete, quanto mais dar um slice ou um top spin. Foda-se de verdade, do fundo do meu coração.
Àqueles que acham importante que a pessoa goste do esporte e que ela tenha respeitados seus direitos constitucionais de se expressar livremente, obrigado. E digo, sem menosprezar Nadal ou qualquer outro tenista: tenho uma predileção pelo estilo de jogo do Federer, aquele jeito elegante, meio mauricinho, meio janota, é bem verdade, um jeito plástico de jogar que parece que o cara não está fazendo o menor esforço.

E Federer não é elegante apenas na quadra. Fora dela ele sempre faz análises que buscam exaltar seus adversários. Ele é um cara que fica de olho no esporte, gosta de acompanhar o jogo dos jovens tenistas.

Fora essa papagaiada, sejamos práticos. O fato é que Djoko vem ganhando e jogando muito mal ao longo do torneio, enquanto Federer dava um show atrás do outro. A maneira como o suíço espantou o fantasma Tsonga foi sensacional. Já o Djoko, no duelo sérvio contra Tipasarevic, passou sérios apuros.

Normalmente, eu torceria pelo Djoko contra o Nadal, não por ser “federista”, ou por achar que Nadal é “mão-de-pau”. Nada disso. Sou um tremendo admirador do Nadal e nunca vi um tenista com uma força mental maior que a dele. Para um esporte em que você tem que fechar o jogo, isso é fundamental. Vide Federer contra o Djoko, como já mencionamos.

É uma simples questão de estilo. Gosto mais do estilo do Federer e do Djoko do que o do Nadal. Mas hoje eu vou torcer pelo espanhol. Djoko não está merecendo ser campeão. E, se Nadal também não anda lá essas coisas, bateu o Murray com propriedade, destruindo, inclusive, meus prognósticos. Hoje eu sou Rafa.

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