quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sorteio para uns, "azareio" para outros

Terminado o sorteio das chaves para o US Open, que começa no dia 29 de agosto, passemos à séria análise que nos cabe.

Brasileiros:

Bom, sobre os brasileiros até agora garantidos na chave principal (Rogerinho está para jogar na segunda rodada do qualifying, na quadra 13) podemos dizer que Bellucci deu sorte e azar ao mesmo tempo. Sorte porque fará a estreia contra o israelense Dudi Sela, atual 94 do ranking; azar porque, se vencer, joga contra ninguém menos que Roger Federer, logo na segunda rodada.

Azar, é verdade, mas por outro lado, também é sorte, porque ele vai poder jogar sem nenhuma pressão e numa quadra central certamente lotada (isso, se vencer o israelense, que eu nunca vi jogar, mas Bellucci não anda nos seus melhores dias).

Agora, é fato. Nem por um milagre, nem que dê o maior piriri no Federer, pode perder as esperanças até o maior ufanista de nossa terrinha: não existe a menor chance, a menor possibilidade de Bellucci ir além da segunda rodada do Us Open este ano.

Quanto ao Ricardo Mello, o tenista campineiro também não levou muita sorte com as bolinhas do sorteio: pegará o cabeça doze Gilles Simon e deverá voltar para casa logo de cara.

Duelos interessantes na primeira rodada:

Separei duelos que eu considero equilibrados e interessantes, fora as partidas dos grandes favoritos, a quem, obviamente, sempre vale a pena ver em ação. Aí vão:

- Ryan Harrison vs. Marin Cilic

- Stepanek vs. Kohlschreiber

- Davydenko vs. Dodig

- Karlovic vs. Fernando Gonzalez

- Baghdatis vs. John Isner

- David Ferrer vs. Igor Andreev

- Benneteau vs. Nicolas Almagro

- Youzhny vs. Gulbis

Ryan Harrison foi apontado pelo Dalcim como uma boa promessa do tênis norte-americano e, portanto, pode surpreender o cabeça-27 Marin Cilic; Kohlschreiber vem de vitória sobre Andy Roddick e, no meu palpite, deve derrotar Stepanek; Dodig foi o sujeito que derrubou Nadal na primeira rodada de Montreal e pega Davydenko, o meu companheiro de calvície, que já teve dias melhores, mas continua sendo um tenista acima da média. Os outros jogos aqui mencionados, acho que prometem longos duelos e me apresentam sérias dúvidas. Por exemplo: em quem apostar? Em Marcos Baghdatis ou em John Isner? Oh, dúvida cruel.

Trajetória dos favoritos:

Djokovic deve fazer as quartas contra Monfis ou Berdysh, que demonstrou em Cincy estar bastante afiado. Antes disso, talvez faça jogos um pouco difíceis contra um Dodig, ou um Gasquet da vida. De qualquer forma, só uma lesão para tirar Nole das semifinais;

O desafio de Federer deve ser mesmo Mardy Fish nas quartas. Talvez um Troicki, ou uma surpresa como Bernard Tomic dê alguma suadeira no suíço. Confesso não saber o que pode sair desse duelo com Fish;

Andy Murray, na minha opinião, pegou a chave mais fácil e, para mim, só não alcança a semi se sofrer algum apagão. Não acho que Robin Soderling, Del Potro e muito menos um Wawrinka desses esteja jogando atualmente a ponto de incomodar o escocês;

Por fim, o atual campeão, Rafa Nadal: é, dos quatro, o que anda mais instável, mais instável até que o próprio Federer. Mas US Open é US Open, e acho que Rafa não bobeará. Suas maiores pedras até a semi devem ser David Ferrer, ou Almagro, Jurgen Melzer ou, ainda, quem sabe, Andy Roddick não renasce das cinzas? Pensando bem, acho que a chave do Rafa está ainda mais tranquila que a de seu provável adversário da semi, o Andy Murray.

E aguardemos as atuações de Rogerinho e Feijão, para vermos se teremos mais algum brasileiro na luta pela sobrevivência das primeiras rodadas. Se algum brasuca estiver vivo lá na terceira rodada, porém, confesso que passarei a acreditar em Papai Noel e em coelhinho da Páscoa.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário