quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Quarta-feira dupla

Meu sofá rendeu que é uma beleza ontem.

Primeiro o tênis. O jornalista Dalcim falou que o adversário de Djokovic não deveria dar muita dor de cabeça ao sérvio, mas que o tal Ryan Harrison, um novato norte-americano com jeito de arrogante, era um tenista de qualidade, no qual nós deveríamos ficar de olho.

Fiquei de olho no estilo do rapaz e chego ao meu veredito. Tá certo que ele tomou uma surra do Nole, principalmente no primeiro set. Mas é normal. O garoto estava diante do número 1 do mundo, "my man", aquele que está detononado tudo. E o garoto é um garoto, ainda não tem estrutura para fazer frente aos gigantes.

De qualquer forma, o tal do Harrison mostrou qualidade, sim, principalmente no segundo set, quando se soltou um pouco mais. Acho que ele pensou: hoje não tem jeito de ganhar desse sérvio cabeçudo, então, melhor eu aproveitar essa oportunidade e me divertir aqui em quadra. É verdade que o americano não tem cara de quem se diverte. Ele tem mesmo cara de arrogante. Enfim, até que ele conseguiu fazer um bom papel. Fiquemos de olho no rapaz.

É, poucos atletas são naturalmente abusados. Eu já ouvi falar que o Agassi, ainda moleque, foi jogar contra o já consagradíssimo John McEnroe e não quis saber. No primeiro set, foi pra cima do Big Mac e deu um susto no gigante. É claro que Big Mac acabou colocando aquele "fedelho" em seu devido lugar, mas o episódio já mostrou que o Agassi sempre teve atitude. Não à toa, depois virou o Agassi que todos conhecemos e admiramos.

Depois veio o futebol. Assisti à semifinal do Mundial sub-20 entre Brasil e México. Dureza. O Brasil começou bem e parecia que ia se impor facilmente, só que isso não durou muito. A seleção mexicana joga com intligência e tem uma garotada rápida e atrevida. O camisa 10 deles era o mais abusado.

Tudo levava a crer que teríamos mais uma prorrogação. Teríamos, não. Eles teriam, porque eu já estava abusando do sofá. Terminando o tempo normal eu vou dormir, pensei, depois de dar o último gole na minha cerveja quente. "Essa porra tá vencida", suspirei, ao ver a data: válido até 27 de julho de 2011, na parte inferior da latinha. E a minha reputação? Deixar expirar o prazo de validade da cerveja é foda. Bom, quem sabe se na prorrogação...

Faltando dez minutos, Negueba cruza da direita e Henrique mete a testa: 1 a 0 Brasil. Poucos minutinhos depois, Danilo enfia uma bola para Dudu, que centra a bola na área, como quem diz: "é só fazer", e o Henrique foi lá e fez mesmo. 2 a 0. Depois disso, o camisa 10 do México ainda perdeu um gol inacreditável. E acabou assim mesmo.

Destaque, de novo, para o Dudu. Francamente, Ney Franco, não dá mais pra deixar o Dudu de fora desse time. Eu sei que o Phelippe Coutinho é o camisa 10, joga na Inter de Milão, tem "Ph" no nome e tudo, mas o fato é que ele não está rendendo. O Negueba também tá jogando mais que o William José. Quando o Negueba entra, o Henrique vira outro jogador. Já diria o Zé da Galera: "Bota ponta, Telê!"

Hoje deve ter Federer. Espero que ele nos dê mais uma aula, como fez com o Del Potro na terça.

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